Ela foi até o quartinho dos fundos; Em um canto escuro
e empoeirado, encontrou o velho baú. Levou-o até a sala e começou a redescobrir
tudo que estava
guardado há anos.
Tinha ali um sorriso sincero, que já estava um pouco
amarelado pela falta de uso. Havia também uma porção de otimismo infantil, que
- apesar de serem infantis - eram pelo menos dez vezes maiores do que os
adultos. Também brincou um pouco com os sonhos, fantasias e ilusões. Encontrou
até alguns medos, mas algumas peças tinham sumido com o tempo.
O velho baú rendeu bons momentos, mas, ao final da
tarde, ela recolheu tudo do chão, fechou o baú e colocou-o de volta naquele canto
escuro. O sorriso, amarelado, acabou esquecido - debaixo do tapete.
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