terça-feira, 12 de janeiro de 2016

O baú


Ela foi até o quartinho dos fundos; Em um canto escuro e empoeirado, encontrou o velho baú. Levou-o até a sala e começou a redescobrir tudo que estava guardado há anos.
Tinha ali um sorriso sincero, que já estava um pouco amarelado pela falta de uso. Havia também uma porção de otimismo infantil, que - apesar de serem infantis - eram pelo menos dez vezes maiores do que os adultos. Também brincou um pouco com os sonhos, fantasias e ilusões. Encontrou até alguns medos, mas algumas peças tinham sumido com o tempo.
O velho baú rendeu bons momentos, mas, ao final da tarde, ela recolheu tudo do chão, fechou o baú e colocou-o de volta naquele canto escuro. O sorriso, amarelado, acabou esquecido -  debaixo do tapete.

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