sábado, 23 de outubro de 2010

Vadio





Não, dona lua, não se incomode
não precisa se retirar
e não sorria se não quiser;
não sou um lobo
uivando na madrugada
nem um solitário qualquer
remoendo antiga dor,
sou apenas um poeta
buscando inspiração
para o poema perfeito
capaz de matar esse amor
que quase me para o peito.
Calma, dona lua, fique tranquila,
posso ser um gato no telhado
Ou outro apaixonado na janela -
o revés da canção de ninar.
Mas não vou tomar seu lugar;
quero apenas a sua luz
para iluminar este papel
onde rascunho uns versos
e tento alcançar o céu.

2 comentários:

L. Rafael Nolli disse...

Joana, é um belo poema, com certeza! A estrofe final é arrebatadora!
Parabéns!

Graça Carpes disse...

Belíssimo diálogo poético!