sábado, 6 de novembro de 2010

Poëta fit

Nasci poeta nada, mas me faço
De fácil para ser predicativo
Bem antes desse verso, nasci vivo
Um bípede sem pena nem compasso

Poemas se cometem, eu permito
Que um rito faça parte desse fato
Mas nato não sou nada, nem me mato
No meio das palavras, dentre o dito

Nasci sem vez nem vício, analfabeto
Bebê, não soube código secreto
Sem voz nem compromisso co destino

E nem foi prumo, plano, minha meta
e nem concebo pronto: ser poeta
por força de algum gene, dom divino.

4 comentários:

Graça Carpes disse...

"(...)Bem antes desse verso, nasci vivo /
Um bípede sem pena nem compasso."
*
"Poemas se cometem, eu permito (...)" -

DO BICHO HOMEM AO POEMA... MUITO INTERESSANTE.

Paco Steinberg disse...

amei, Nilson!

Joakim Antonio disse...

Gene, dom divino,
Tu és poeta,
corpo de homem,
alma de menino.

Parabéns!

Nilson Vieira Moreno disse...

Graça,

Paco,

Joakim,


agradecidíssimo pelas presenças!

Abraços.