Ao voltar a estudar, novamente escreveu. Não no notebook como sempre, mas no papel como nunca antes. Não gostava de cadernos e sim de folhas soltas, assim como as que suas irmãs árvores espalhavam por aí em combinação com o vento, pois cada folha possui sua própria vida e seu próprio caminho. E assim seguia escrevendo poesias mágicas e como toda magia, seguia um ritual, separava caneta e folha, tempo entre os espaços ocupados, espaço dentro do tempo escasso e então escrevia. Nesse espaço-tempo só seu, descobriu os segredos velados apenas a quem nunca tentou, revelados a todos que ousaram concretizar sua escrita e só não resolveu uma questão, onde colocar tantas folhas até que juntas, tornem-se nova árvore então.
Joakim Antonio
Imagem: Traditional Art by Zalas
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