veio pela fumaça cavalgando Cérbero
altiva e por hora a chamarei de Hécate
a guardiã escarlate das portas do inferno
há quem diga que tem asas
que seus cabelos longos
e vermelhos como fogo
trazem um aroma de inexplicável
de sêmen e mirra
o desejo passivo nos olhos
travestia seu coração de pedra
afeita a tomar falos em contrações
que de tão violentas eram castrantes
quem há de se olhar refletido
nesse espelho de mil faces
sem que a deseje e se sinta impotente
enquanto o peito esmagado arfa
e o sorriso debochado estremece?
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