O homem descuidado deixou entreaberta
a porta de seu quarto enquanto tirava a roupa de Papai Noel. Seu filho, seis
anos e bisbilhoteiro que s[o ele, boca aberta e cutucando o dente-de-leite mole, exclamou:
- Pai!
O homem esboçou uma explicação. Diria que era auxiliar do Papai Noel, representando ele naquela casa, já que a agenda do bom velhinho era cheia. Ou, se não colasse, revelaria a verdade, que não havia Papai Noel coisa nenhuma. Assim, ao menos receberia o merecido crédito pela bicicleta que o garoto ganhara, paga com o seu dinheiro suado, sem mão-de-obra de elfos. Mas não foi preciso, a surpresa do menino era outra:
- Eu pensava que a barriga era
falsa. Você tá gordo, pai!
Envergonhado, o pai só pode
gargalhar:
- Ho ho ho!
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