O
monstruoso edifício,
a
pressa nos elevadores
engole
gentilezas diárias.
O
bom-dia se perde
esmagado
pelos decibéis
dentro
de ouvidos adolescentes.
O
esfregão do zelador
trafega
entre a urina dos cães
e
a terra solta por sapatos.
Ninguém
desacelera os passos
para
admirar um vaso com violetas
que
a mulher do síndico trouxe de uma festa.
Mora-se
ali:
viver
seria uma outra coisa.
[Sérgio Bernardo]
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