O que move a invasão
são os músculos sem força
e uma vontade de ferro
de rachar o asfalto:
deixar para trás
o trânsito dos ratos,
as fezes dos pombos.
Um abrigo morno
de futuras mães
de futuros
invasores de espaços
sem habitantes.
Quase moradia,
mas parede e teto.
[Sérgio Bernardo, em "Asfalto", Selo Off Flip, 2010]
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