sábado, 23 de fevereiro de 2013

Poetry(hope)


Não, eu não te quero só poesia, te quero anjo,
anjo doce como sempre foi
nesse lugar repleto de teus cheiros
teus sabores em minhas papilas
teus olhos grandes e repletos de maresia...
te quero intenso e sublime,
aquecendo meus abraços.
Posso sim te fazer poesias
mas te gosto assim, simples, como um espaço vazio,
simples feito a nossa música
com seu ritmo distraído...
Te gosto desde sempre e te esperei,
sim eu sei que não precisava, não devia,
mas as palavras não morriam nunca dentro de mim
elas fluíam com meu sangue
e depois saltavam boca afora
voando ao teu encontro.
Sei que tinhas os braços abertos e o coração dorido,
um coração cheio de ais,
mas minhas mãos só queriam te tocar,
desesperadamente te sentir,
e mesmo agora, com o tempo, com tanto, por enquanto
eu te queria poesia, e só poesia
daquelas que trazem lágrimas aos olhos de quem lê
e que buscam a saudade lá dentro da gente...
podia ser rima, podia ser verso
eu só te queria, e te querer é a poesia minha,
nada mais.

Não devia mais... e tento me convencer disso,
mas é tão inútil quanto tentar parar de respirar
e ainda viver.


* conheçam meu blog literário: Coisas que eu sei que eu sei

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