quinta-feira, 3 de junho de 2010

a pulsação (uma fala pra poesia)


se um medo não me
impuser uma coleira
eu posso sair provando

a medida não vem crivada
em nosso signo, querida.
babozeira querer falar em
limites

posso muito bem esquecer as
regras, tabus, aquilo de:
"não pode por a mão aí, menino!"

faz-me mais falta do que
qualquer outra coisa
desvairar-me em sua pele inteira


foto e poema : isaias de faria

2 comentários:

Larissa Marques - LM@rq disse...

hahahaha
menina,
aí não pode por a mão!
lembrei-me de tanta coisa!
muito bom!

jorge vicente disse...

a poesia nunca tem limites
nunca
nunca

sob perigo de ser apenas uma página com palavras.

grande abraço
jorge