Para não
ver como gueto
esse
bairro impróprio
esculpido
na pedra
há que
ouvir sua gente
e nas casas
entender
o sorriso
saborear a lágrima
beber do café
ou da
coca-cola
subir o
escadão
desintelectualizado
sem
sociologias
e antropologias
mas com
a alma aberta
a tudo o
que entrar:
toda a
humanidade
das
pessoas simples
que penam
mas
também festejam
cozinham
o feijão
criam os
filhos
odeiam e
amam como o resto de nós
estar lá
como um
iniciado
nos
mistérios do mundo
e enfim
decifrar
outro de
seus códigos:
favela
sobre o morro
— algo
como
a vida
numa estante.
* Assistindo, em janeiro de 2007, ao
documentário ‘Babilônia 2000’ ,
de Eduardo Coutinho (1933-2014)
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