segunda-feira, 2 de abril de 2018

labirintos

as palavras estão para o papel
não quero dispensar mais nada
sem calor, sem frio, sem verbo
as escolhas se calaram com
o assombro do vento
tudo é sal e salitre
o que do mar me sobra
é a sombra do tempo
a onda que não quebrou
as palavras não estão para nada
calaram em algum lugar que não sei
dispersaram antes que eu abrisse
a boca e enrugasse os olhos
as coisas pedem socorro
e eu já desisti de salvar
minotauros dentro de mim
batem cabeças contra paredes
as palavras são monstros.
LM@rq

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