quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Eu,Salomé



Tenhos fraturas nas mãos
e um cadáver escondido
no porão
me costuraram a boca
e admirei o voar as palavras
tão descordenado
que me atropelava


tão debochadas como borboletas
que acabaram de romper o casulo
loucas e irrequietas
a cena tão surreal
para completar
dei em mim mesma um murro
e um farto urrro


Deixa levar
fabrica asas de sonhos
os malditos têm sede
de caminhos medonhos


Me dá um beijo
desses, de Bela Adormecida
que eu prometo
minha cabeça numa bandeja oferecida

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