sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Antes que a morte se revele a única saída
Caminharei meus passos trôpegos em busca de abrigo
Deixarei em suas casas minhas cartas de desculpa
...............................................E despedida.
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Antes que a morte me venha como solução precisa
Direi meus amores aos amores que nunca tive
Sairei nu sob a chuva da maneira que sempre queria
................................Esta será minha despedida.
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Antes que a morte me tome e me possua inteiro
Confessarei meus desejos insanos e débeis fantasias
Escreverei as poesias não vividas e caminharei
...............................Rumo a minha despedida.
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Antes que a morte venha como recompensa
Beijando-me a pálida face e o coração se farte em viver
Dançarei solitário à sombra da cidade adormecida
.........................Assim se dará minha despedida.
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Antes que a morte venha e se acabe a vida
Serei eu, no fundo do poço sem fundo,
Um oco no eco do mundo, vazio no tempo profundo
............................Fazendo minha despedida.

3 comentários:

Paco Steinberg disse...

um oco no eco do mundo......

perfeito!

Cris disse...

Querida, Larissa, já faz um tempo que encaminhei-te um email candidatando-me à colaboração com o blog. Nunca obtive resposta, mas estou de volta.
Aguardo uma resposta tua!

Excelente texto!

Bons ventos!

Cris

Iriene Borges disse...

Tocou fundo esse!