segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Para uma cidadezinha qualquer



Pequeno mimo a perder-se ao longe
                                              [nas Gerais
Em furtivos fatos de antanho se via
A mocidade anêmica e trivial fobia
A expandir-se a sombra do horizonte
                                                   [extremo
Oh, diminuto espaço, protuberância
 se cravar nos montes – com que ânsia
Almejas alcançar os céus?
A qual sorte de ventos
Deixaste o teu triunfo crendo a vida
Imenso carrossel?
Oh, pobre menina, por que deixaste
                                               [a trança
Envolvendo-se em longos dramas
Sem exercer nenhum papel?
Coadjuvante de um filme sem regras
Suas noites são matizes de carolas
                                             [que rezam.
E tu, pequenina, dormes.
Inocente e febril em desejos recalcados
que ninguém vê.
Pobre cidadezinha distante
que agora como antes
em gemidos reprimidos segue a desfalecer.
Descanse em paz cidadezinha 
Sob os escombros da modernidade
Mergulha no caos – deserto dissonante –
Em lupanares de excentricidades.

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***não consta autor do quadro no site:  http://www.dreamaid.com/viewProductAction.do?id=937

2 comentários:

Paula disse...

Muito bom seu blog. :)
Adorei, te sigo.
Beijos.

Graça Carpes disse...

Saudades...Das pequenas cidades.
:)
http://pulsarpoetico.zip.net