quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A tentativa de compreensão do mundo me escapa,
Já tentei expressar esse absurdo cognitivo
Mas palavras parecem ambíguas, sem signo,
Por vezes levianas.
Como dizer grandes ou pequenas palavras
Se elas por si só se ferem
Por não serem livres, por não serem nada e tudo.
Alguns julgam usá-las com maestria,
Outros continuam conjuga-las em suas vertentes,
E transmutá-las em seu sentido até a exaustão,
Inutilmente.
As palavras dão margem a subjetividade,
Aos olhares múltiplos
Às verdades tênues.
Serei sempre um incompreendido,
Sábio e ignorante, por não saber, sabendo.
Julgo minhas tentativas,
Meus poemas,
Que nada mais são que coitos interrompidos
Na ânsia do gozo do entendimento.

4 comentários:

L. Rafael Nolli disse...

Olá, Larissa. Forte mesmo o teu poema. Olha, achei preciso a sua descrição - as palavras sempre estão tentando atingir algo, mas há a ambiguidade dos signos, há as múltiplas interpretações; sobretudo as equivocadas, alterando o rumo do que se tenta dizer. Uma luta, sempre. Parafraseando Drummond, nada mais vão que lutar com as palavras, no entanto lutamos até o amanhecer.

Parabéns pelo poema e boa sorte com o projeto da editora!
Abraços!

Anônimo disse...

Larissa!
Belas letras como sempre. Fortes e marcantes na nossa alma.
Saudades...beijos!

Augusto Sapienza disse...

Se os símbolos das letras que representam as palavras vem da nossa mente, ela está impregnada de subjetividade, sei poema é belo...

Beijos saudosos...

Freddie disse...

Nunca mais deixei um comentário..., mas de vez enquando releio os seus poemas. Agora, lendo esse, percebo que a sua escrita inconfundível me confunde. Seus textos me confundem porque sinto que há neles qualquer coisa acordada em mim. Abração!