sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O amor pelos pouco amados

Eu já havia prometido não cegar novamente,
é isso, vinho seco e nenhuma nova amargura.
O seu sexo já cora a pele do meu rosto
e seja otimista, ainda me deito contigo.

Os estranhos vizinhos dormem sob confiança,
nos tetos de terceiros, abrigo uns sonhos.
Me acordo pela manhã e não te reconheço,
alguma familiaridade muito me desagrada.

Sentado no corredor, olhando as paredes
percebo que não me és sempre verdadeiro,
nenhum sofrimento dedico por saber disso.

No ônibus evito a cadeira da janela.
Afastando-me dos ventos quentes da rua,
ainda ganho companhia alguma na viagem.

Antonyus Pyetro

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