quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Dos quereres e do espanto



sob o manto escuro da noite
vem teu corpo aos meus assombros
privilégios feitos de açoites
forçar-me o fardo sobre os ombros

ante prazeres e desconfortos
o gozo singelo de um coice
a ceifar-me o peito a foice
de quereres absortos

do céu ao chão reluz febril
a inconstância de suas tranças
aos nossos olhos o teu ardil
inveterado feito dança
transpõe as chamas em acalanto
num último grito de espanto.

6 comentários:

Breve Leonardo disse...

[da noite, que toda a luz e escuridão contém: a que se encerra no nosso adormecido olhar]

um imenso abraço,

Leonardo B.

Glauber Vieira disse...

Texto bonito e bem trabalhado.

L. Rafael Nolli disse...

Flávio, beleza de poema!

Isaias de Faria disse...

bom ler seus poemas. tem seu estilo. continue a nos dar esses presentes

Cássio Amaral disse...

bons versos do flávio aqui!

abraço.

Olívia Comparato disse...

Adorei os seus poemas, sua forma de expressão sensível, peculiar.
bj grande