segunda-feira, 20 de junho de 2011

Sem remédio


ASL-90.004/305.B12 acreditou quando lhe contaram que, na face oculta da Lua, havia uma caverna aonde, durante a lua nova, os andróides se transformavam em humanos assim que nela penetravam. Buscou-a com afinco. Nada encontrou além de areia, pedras e uma bandeira antiga, listrada e rota. Desolada, lançou-se no espaço na esperança de que algum raio a atingisse e destruísse. O que não tardou a acontecer.


Márcia Maia

(Sem amém, Ed. Moinhos de Vento, Recife, 2011)

Um comentário:

Glauber Vieira disse...

Instigante o texto, mas me pareceu ser parte de um conto maior.