quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Atemporal
Poemas escreviam
na tessitura das manhãs
manhas instigando sonhos
florescência inquietante
inquirindo desafios
Poemas escreviam
na casca de árvores envelhecidas
profusão de ecos e silêncios
um hino ressoando livremente
nos confins dos tempos
Poemas escreviam
nas gotas escoando imprecisas
imprevisíveis memórias crescentes
se expandem latentes
arrastadas ao vento
Poemas escreviam
na imponderável simultaneidade
eventos circunscritos na pele
marcas rudimentares
mapeavam os vincos
do tempo
Poemas escreviam
na vertiginosa soleira:
poeira assentada
na funda ampulheta.
3 comentários:
Poema repleto de sibilantes sibilando.
Gostei.
Abraço sibilar.
Olá Flávio
gostei muito desse poema, é bastante sofisticado!
Parabéns
Eu também arrisco umas palavras, se quiser conhecer meu espaço será muito bem vindo.
www.gastandooverbo.wordpress.com
Não arrisco palavras com ritmo, mas tento ordená-las de forma coerente.
donnerw.blogspot.com
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