quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

ensinou-me os paraísos

em todos os sentidos
aguçou minhas sensibilidades
debulhou imprecisas possibilidades
foi-se sem aviso
dilacerar novos seres...

e no negro da noite
esperei por ti
reinventei-te
em tragos descomunais
porções de haxixe
campos de papoulas...

e no negro da noite
entreguei-me a outros braços
a outros vícios
quis-me paraíso narciso
com cipós brotando nas narinas
seus olhos habitando minha vagina...

e no negro de meu ser
seu sexo ereto em minha boca
o martírio de vitórias-régias
em meus olhos
acordo sozinha
vazia de nós.

2 comentários:

Celso Mendes disse...

a negro e o vazio são companheiros.

tua voz corta o negro da poesia e dilacera vazios. impacta sempre.

muito belo.

beijo.

Glauber Vieira disse...

Desfilou talento e sensualidade.