quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Das guerras

Pois toda guerra é santa e nunca falha
e, nela, cada dia é oito anos
Os magos invocando Rudianos
Valquírias nos trabalhos pós-batalha

Pois toda guerra é santa e glorifica
a vilania, o ódio, o fogo, os danos
Os dentes de dragão são espartanos
Ogum ou Azazel vão dando as dicas

Pois toda guerra é santa e salva o mundo
do tédio, do pecado ou da preguiça
É Macha celebrando sua missa
defronte do inimigo moribundo

Pois toda guerra é santa e faz milagres
mandando para o inferno o povo herege
É Palas quem devasta, Marte rege
e determina a Morte se propague

Pois toda guerra é santa e se abençoa
com força, com coragem e esperança
Odin certeiro atira sua lança
Caronte leva os corpos de canoa

Pois toda guerra é santa e pacifista
Disposta a concessões e sacrifícios
Andarta se esbaldando nos seus vícios
É Camulus com sede de conquista

Pois toda guerra é santa e poetisa
Versada nas vontades desta Terra
E em todo panteão há deus da guerra
que é santa, nosso medo a canoniza.

Um comentário:

Mago disse...

O que posso dizer? Espetacular, toda guerra é santa e libertadora. Até quando?