sábado, 7 de janeiro de 2012

Variações do tempo


O tempo escorre nas têmporas
E a inocência vai cedendo lugar
Às certezas inconvenientes

Os dias festivos e ingênuos
Permanecem na memória
A mostrar o quão brutos
                   [nos tornamos

Aventureiros sem medos
Desbravamos emaranhados
Enfrentamos mistérios
                     [e sortilégios
Negamos nossa fragilidade
Encaramos a morte
Sem crê-la possível

Mas, viver! Só agora.
Não por medo da proximidade
De um possível final
Não pela ameaça,
Que, desavisados, sempre
Fora iminente,
Desde os tempos pueris

Agora sim, é tempo da felicidade
Almejada,
Tempo de fazer os gostos
E viver, enfim, pra si mesmo
Resgatando nas lembranças
As alegrias da vida que passa
E vivendo dia a dia
As possíveis alegrias
Que ainda, assim, nos arrasta!

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