sexta-feira, 30 de março de 2012
11º TESTAMENTO
quarta-feira, 28 de março de 2012
sobre os lábios...
sobre os lábios do lago onde minha barba cresce
jogo o anzol para cima
e pesco um peixe de escamas que afogam as águas
à altura dos pinheiros, onde se indica a poda das praias
apóio-me e subo
galgando luzes de pêlos com tonalidades diferentes
até contemplar o olho da Terra
onde a alma humana, escondida, encontra sua profundidade
II
não se iluda:
ao olhar para o mundo de longe, calce a vista com as mãos
proteja os olhos dos seus relâmpagos
os seres que lá habitam possuem a pureza e a imperfeição do vidro
apanhe um e verá que é transparente
apanhe uma porção, terá tonalidades de verde e azul, formando um globo
III
venderam Deus no mercado
trocaram por ricas misérias
agora possuem uma nota de dólar na bolsa
e contam dinheiro como quem reza as contas de um terço
IV
o espírito do homem ainda é a voz do planeta.
* Menção Especial no Júri do II Concurso de Poesia na Biblioteca (Condeixa-a-Nova, Portugal)
http://concursos-literarios.blogspot.com.br/2012/03/resultado-ii-concurso-de-poesia-na.html
terça-feira, 27 de março de 2012
Estrelas
segunda-feira, 26 de março de 2012
Crônica de uma noite de verão
domingo, 25 de março de 2012
Sublime exílio
se nem sei falar...
O que seria possível?
Se nada me faz te achar...
Que luz é essa
que estás a me cegar?
Vivo no escuro mental
e no branco total.
Sei que estou a ficar preso,
agarrado em tem seio,
disforme em seu colo,
belo nesse anseio.
Fico a pairar,
num exílio, sem amar.
Procuro-te muito,
mas não sei poetar.
sábado, 24 de março de 2012
Elegia
![]() |
Briton Revière (1840 – 1920) - Daniel na Cova dos Leões |
sexta-feira, 23 de março de 2012
A pequena história de uma sonhadora
domingo, 18 de março de 2012
Redenção
Lágrimas de reconhecimento e a contínua aposta na metáfora
ou enquanto toda sutileza despertar aleitamento de Via Láctea
embalado em movimentos ondulares de oito deitado
e enquanto olhos hipnóticos te fixarem
como buracos negros acesos
de infinito – ilimitado,
resguarde a luz brilhante
da rosa de fogo no topo da cabeça e do prisma central
que se desabrocha em oração e cântico ancestral
voe rápido por pastos livres inimagináveis
em sentido de trepidação de cavalgada
e quando os ventos do norte soprarem:
poesia e sorte.
Anzóis cairão dos céus
e roldanas te içarão !
sábado, 17 de março de 2012
coito do bicho homem
Nascem em dois moldes básicos:
um com tubo pra fora, outro com tubo guardado.
Pontos como coloração e proporção
podem vir alterados.
e aparentemente são incompatíveis.
Ao amadurecem mais
efetuam contratos verbais
e grudam-se pelos canais,
canais esses de alimentação.
às vezes forçado ou por gozo,
enroscam o bocal do alimento
na saída de dejetos do outro.
E o tubo encontra o canal
às vezes em pares de tubo igual,
ou em pares de tubo oposto.
urram no instante final
e do esforço a resultante
é parar pra começar de novo.

terça-feira, 13 de março de 2012
AA
eu renasço com ele
e só por hoje
(um dia de cada vez)
por vinte e quatro horas
eu me permito
ser definitivo.
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...dos Ecos Diversos
segunda-feira, 12 de março de 2012
Fuga
E, quem sabe, um dia não acordar
texto do livro Colcha de Retalhos, que será lançado no dia 31 de março, sábado, em São Paulo:
domingo, 11 de março de 2012
A lenda do girassol
Diz a lenda que quando o ultimo girassol sumir
o sol se apagará
de tristeza
pois não era a planta que girava para ele
ela apenas dançava
e ele admirado a seguia
sábado, 10 de março de 2012
Fale.
pra comprovar tudo.
Eu não me contento com atos.
Meu coração é cego.
sexta-feira, 9 de março de 2012
DO ALTO
quinta-feira, 8 de março de 2012
Donadecasahipocondríaca
quarta-feira, 7 de março de 2012
Poesia Viva
A poesia não possui tempo
nem espaço
nem cor, nem dimensão certa,
pois, no vazio,
o traçar de um reta
traz poesia
aos olhos do poeta.
Poesia pode ser objetiva
ou mesmo subjetiva
depende do coração
que a cultiva
A minha é um
barco
à deriva!
quinta-feira, 1 de março de 2012
artificial

que me inspira amores eunucos
e perfumes presos a lendas
tentei por anos retirar a bonequinha
loura e perfeita que me impuseram
velei e enterrei todas em meu quintal
e de certa forma elas voltam mortas
para atacar essas pequenas verdades
quem dera a beleza não valesse nada
tentei ser Monalisa de sorriso mestiço
sem adornos nos olhos, sem vaidades
seguem-me peitos sal e risos postiços.
álbum de fotografias
