domingo, 8 de fevereiro de 2009

Habita-me

Quando o veneno é vão
e no espelho há verdade

Eu rio discreto
pra não amanhecer iras
e hostilidades

Pois o anjo que me guarda tem face
e nome
e amor gratuito

Se a sombra persegue meus passos
e amores, com decotes e olhares

Eu mar aberto
pra não escurecer tempo
e cordialidade

Pois o demônio que me guia tem foice
e fome
e ódio subornado


Barbara Leite

4 comentários:

Adriana Riess Karnal disse...

o anjo e o demônio,sem querer conhecemos as duas faces.

Freddie disse...

uau! fiquei sem fôlego. Parabéns, poema pra ler-reler... uma beleza!

Iriene Borges disse...

Bárbaro!

Iriene Borges disse...

Bárbaro!