Aos andróides negruscos,
vadios pelas ruas
mendigos e cadáveres não identificados
sonhos herdados
             e contradições
Aos obesos
e às fétidas criancinhas pobres
            feios e torpes senhores pagãos
            corações solitários sofrendo insônia
e à dona Francisca,
                        por toda descrença
                                   e desgosto
Às Marias, Terezas, Josés e Eurípes...
                        todos que desconheço...
                        submersos no limbo
                        frívolo do sorgo
Às feias,
           magérrimas,
                       corcundas
                                              aos
                       caquéticos
           insolúveis
e feios
garotos e garotas
   de programa
              da TV
                    e do corpo
analfabetos,
              belos
índios, japoneses, negros e louros
cancerosos, diabéticos, aidéticos...
condenados e loucos, gays e sádicos
À dor e ao sexo,
  milagre e tédio
  dos vivos e mortos
À toda escória sempre lembrada
aos potentados e seus ministérios
                         à toda razão...
                                                 à Glória!
Nenhum comentário:
Postar um comentário