no acalanto de sua chegada 
descobriu-me mulher 
giro em sua órbita
provoca em mim estações
e desconhece-me esfera
causou-me amanheceres meridianos 
as belas horas brilharam aqui
vogaram tanto e como que declinaram
no desespero de seu poente 
ah, meu amor, minhas dúvidas!
seus lábios queimaram os meus
fizeram juras que não podem cumprir
não sou júpiter ou urano
nem sou saturno e em segredo
trago seu anel no polegar esquerdo 
meus olhos devotei aos dias
que choram durante a noite 
é madrugada agora
sinto a frieza da solidão
um medo tão meu
obedeço a ordem que impôs
apertam-me suas margens
privam-me do seu calor
tento esquecer o que foi
todas as manhãs.
2 comentários:
Lindo poema, Larissa. Lírico, bem arranjado. Me pareceu tão bem feito que cada estrofe tem vida própria. Cada uma um poema:
"seus lábios queimaram os meus
fizeram juras que não podem cumprir
não sou júpiter ou urano
nem sou saturno e em segredo
trago seu anel no polegar esquerdo"
Bjs!
beijo, querido...
obrigada!
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