segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

A guerra de Hannah

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Hannah tem ataques de saudades
quase kamikases:
grandes cargas,
explosivas nas profundidades
(do ser),
detonam mísseis de amores perdidos
exterminam exércitos de corações rendidos

Ela comanda desígnios

Nas trincheiras dos destinos
batalhões enfileirados
tratam com desvelo
rajadas de paixões feridas

Hannah bombardeia as nossas cabeças

Torpedeia os pensamentos que navegam
para longe dela
aos que tentam se ver fora de sua guerra
(particular e inexplicável,
como todo bom conflito)
como tudo que já foi falado
pensado ou dito:

A batalha de Hannah é mundial

Afinal,
todo mundo luta por alguma coisa.

3 comentários:

ükma disse...

Falou e disse.
Gostei.
mas não sei se entendi direito, uma guerra íntima?

Deveras disse...

Enquanto alguns tem guerras de independência (de sí próprios), outros fazem hecatombes.

O nome Hannah é só uma homenagem a uma mente que fervilha. Hannah é da paz.

ficanapaz

Glauber Vieira disse...

É um bom texto, repleto de simbolismo.