quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Pseudo-Cores Estalantes

Peço desculpas aos amigos leitores e blogueiros pela ausência no mês passado!

Esse conto vem de longe. É algo que me dá alguma coisa e que tenho a pretensão de dividir. E ele se divide entre mim e você, como um coração que se sente solitário e ao mesmo tempo se esconde com medo de ter tudo que não pode alcançar. O fato é que esse conto me dá alguma coisa que nunca pedi, mas espero há muito!
Ele está em forma de ‘um segundo atrás’ – fala do passado – mas é atual como a estrela que ainda não morreu. E contos são como árvores de plástico – tão reais e tão inverossímeis! Esse conto é uma mistura de canções no ouvido e palavras na boca. Esse conto se basta, mas não é o suficiente para ser lido. Não pretendo ter – conseguir – nada com ele a não ser as formas que os espaços em branco desenham no texto – marcando a retina com pseudo-cores estalantes.
Sucede que a breves intervalos não programados posso me dar ao luxo de terminá-lo sem dar um sentido para o fim – porque mesmo o fim não tem um sentido – visto que (se a eternidade é para o fim) nada será contra ela.
Diz-se então que nada tem fim, nem a vida – mas uma alteração: a morte. E a morte nada mais é que a passagem do estado sólido para o gasoso. Esse conto é essa dicotomia. Assim eu descanso em paz. Sem dor. Sem nada dizer a meu favor. E esse conto fala disso, dessa desnecessidade de precisar se explicar. Talvez esse conto não fale de nada ou fale de tudo – contudo é aqui que ele termina.


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LIVRO ABERTO
MOSTRA PLURAL

Um comentário:

Glauber Vieira disse...

Legal Alexandre, gostei do texto!