quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Quando o carnaval passar...


Nem bem passou a ressaca do ano novo e o carnaval bateu à porta. Pelo menos assim o Brasil volta aos eixos mais cedo, pois, diz um dito que: “por aqui as coisas só funcionam após o carnaval”.
Vão passar os dias da festa mais popular brasileira, no entanto, 2008 promete muito mais ao longo de seu percurso. Saem de cena os arlequins e colombinas, os foliões voltam às suas vidas, recolhendo-se à rotina de mais um ano que, enfim, se inicia, abrindo assim, o espaço para os confetes e serpentinas do círculo político.
As cidades se cobrem do brilho dos holofotes apontados aos possíveis candidatos que logo estarão colocando seus blocos nas ruas em desfile de cores partidárias. Alegorias de todas as formas tendem a se manifestar diante da multidão. Proibiram-se os “showmícios”, porém, mantêm-se as máscaras e fantasias, mantêm-se a mesma conversa fiada, os mesmos gestos que se repetem em precisos intervalos de quatro anos.
Logo principiarão os cumprimentos cavalheirescos, os sutis abraços, apertos de mãos e animadores tapinhas nas costas. As visitas inesperadas no meio das tardes, os discursos. O sorriso estampado no rosto, os clichês de sempre, sem dizer as promessas. Estas se arrastarão no decorrer da campanha e da possível estadia na “casa do povo” (câmaras e prefeituras), que se tornou na verdade “a casa da mãe Joana”.
E o nariz de palhaço vai para...

2 comentários:

Glauber Vieira disse...

Boa e atual crônica.

Deveras disse...

Esse é o Brasilzão véio de guerra: os políticos fazem a mágica do desaparecimento do dinheiro público, enquanto andamos na corda bamba, vestidos de palhaços e ainda tendo que domar um leão por dia... Boa crônica.

ficanapaz