sábado, 12 de dezembro de 2009

Cavando

Desconfiada, começou a questionar, investigar e acusar.

Sentindo-se enganada e muito irritada, cavava cada vez mais, mas quanto mais fundo chegava, maior era a ausência de respostas, de pistas ou de provas.

Com o tempo, de mãos vazias, já estava quase desistindo da função quando percebeu que um pouco de terra lhe caiu na cabeça. Após olhar para cima, protegendo a vista mal acostumada do único feixe de luz que chegava àquele buraco, desabou em lágrimas. Percebeu-se cavando a própria cova. Viu que era ele, esgotado, que tentava enterrá-la no passado.

2 comentários:

Joana Masen disse...

Olá, adorei o blog, tenho interesse em participar em qualquer um dos dias que estão livres. Contatem-me:

joana.masen@gmail.com

Paco Steinberg disse...

esse é o meu amigo Domit, sempre pregando peças literais!

eu juro que pensei que o primeiro parágrafo era outra coisa, daí no segundo o velho tapa na cara.

ehehhe vc é demais.