quinta-feira, 20 de maio de 2010

Voragem

Abriu a janela e deixou que entrasse a chuva. Até que a casa-casa se tornasse casa-rio, casa-mar. Até que surgissem as primeiras algas e uma areia fina recobrisse o que era ladrilho e mármore. Até que o primeiro peixe, veloz e prateado, reinventasse prazeres e caminhos. E então, só então, adormeceu.


Márcia Maia

9 comentários:

wind disse...

Maravilha:)
Beijos

Gerusa Leal disse...

Belo, Márcia.
Beijos

dade amorim disse...

Voragem e viagem - lindo!

Beijo.

eli disse...

Querida Márcia, inevitável! A sua escrita sempre me emociona.

Beijo em final de dia, quente, quente, quente.

Nilson Barcelli disse...

Blogue diferente.
Mas a qualidade da sua escrita é a mesma de sempre.
Querida amiga, um beijo.

Moita disse...

Nilson disse: "Mas a qualidade da sua escrita é a mesma de sempre.”

Não, não é a mesma de sempre; é sempre infinitamente melhor do que a do passado.

Porque você tem consciência que no futuro, somente terá futuro quem não repete passado.

1 cheiro no cangote.

Nilson, nada contra. rsssssss

L. Rafael Nolli disse...

Olá, Márcia! Grata surpresa encontrá-la por aqui! Bem-vinda! Gostei de sua prosa que é poesia pura! Muito bom!
bjs

Glauber Vieira disse...

Gostei, é um texto instigante e repleto de simbolismo.

Lílian Maial disse...

Oi, Márcia!
Adoro suas incursões no fantástico-poético dos minicontos!
Beijocas,
Maial