quarta-feira, 4 de junho de 2008

Doçura do meu fel

instiga-me
a retirar o véu
mostrar-lhe a alva doçura
do meu fel
desvendada entre quatro paredes
ou entre terra e universo
por dentre estrelas cadentes

faz-me iluminar
por entre curvas
que me cercam
procura a que te leve
ao jardim
de escondidos paraísos
lá onde habitam
meus mais recônditos
desejos inda não ditos

depura-me
em linhas de sins e de ais
e me cala
no momento de ápice da explosão
em que tudo se sinta
mas não se possa ouvir
e o corpo estremeça
em torpor
de amortecimento e calor
voltando, lentamente,
a ser o que jamais foi
mas que aparentemente
assim o era, assim o foi:
um precipício lançando-se
ao céu!

Ganhe asas...
E retorne em aconchego e calor!

3 comentários:

*Caroline Schneider* disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Ventura disse...

Sem Véu, e nessa alva doçura ao fel adeus dirás// se ao universo exposta e por mãos amantes virás// a conhecer quiçá os paraísos recônditos// onde novos e alvissareiros desejos// de onde guardados estão afora virão em gracejos//.....Você é muito ESPECIAL Querida, Pois é, um dia comentei este Poema, e pasme ao ve-lo aqui de novo não posso deixar de admirá-lo, trazendo meu comentário e acrescentando o quanto gosto de ve-lo por si escrito.
PARABENS CAROLINE - BEIJOKINHAS

Larissa Marques - LM@rq disse...

Que lindo, amiga, adoro ler-te!
saudade!