A lua banha Maria Silva, não sabe ela, nem quer saber se alguém um dia vai despertar um sentimento caro por si. Ou esteja o corpo necessitado do prazer experimentando o corpo de alguém que acredita estar no gozo a razão da sua existência. Sua libido deseja serenidade que se faça sem esforço, do contrário se sacia o desejo da vontade de encontrar resposta no outro, a morbidus avassala lhe trazendo o retornável desejo de saciá-lo novamente. Sendo assim, é sucessível ou nada além de uma experimentação continuada. Então Maria Silva, que mais quer além de suas palavras é encontrar contentamento dentro e não prelúdio que não se acaba.
Traz a música que representa seu destino e passado “Como Nossos Pais” um dia foram, interpretados ícones ou massas. Limitados de vertentes, que agora traga explicitamente pelas ruas do Rio de Janeiro de Jobim e Vinícius, por jovens meninos não sem juízo, mas contaminados pela liberdade que os aprisiona no olhar fatídico de Maria, que se pergunta diariamente o porquê, Maria? Por quê, Maria?
E sofrer a experimentação do corpo livre da conseqüência, ou com essa (conseqüência e/ou experimentação) implícita, guardada em qualquer lugar que não seja a mesma caixa onde está a frustração vivenciada por milhares, entre eles sua mãe, Maria?
É, Maria! Você caminha o olhar nessa lua que te banha, pensando um dia viver aquilo articulado por sua idéia, mas aí, será a prática a sua ideológica experiência? Talvez sim, se o tempo a congelar para que desfrute no seu tempo o que o seu corpo um dia permitira. E talvez não prevaleça, já que a oxidação física não tarda, nem a custa de medicina, tecnologia ou banho de cheiro nas minas do rejuvenescimento que no homem habita.
Só tenha momentos Maria. Só tenha momentos porque a vida assim se concretiza. E siga o vento, porque o Norte, o Sul, o Sudoeste e o Oeste trazem as boas novas para o seu complexo contentamento, que só trará o contento que vigia, quando você se permitir a qualquer prelúdio infundado, Maria.
2 comentários:
Boa escrita,palavras bem escolhidas.
Um texto poético, que propicia uma ótima reflexão!
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