sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Poema de Cama

Respiro teu perfume
em meus dedos de seda
Me alimento do teu gosto
em meus lábios crispados

Na fina pele
percebo teus gemidos
Na ponta da língua
me abasteço
de você

E o poema nasce assim,
órfão de sentidos
repleto de ti

Se esparrama
como sêmen
sobre a pele incauta

Ocupa o espaço
onde, antes,
nada.


Poema de Cama não integra o livro Outros Sentidos, que lancei em junho passado.

3 comentários:

Silvana Persan disse...

um poema belo e delicado. caiu muito bem na minha tarde ensolarada.

bjs

Iriene Borges disse...

Delicado mesmo. Delicadeza preciosa

Anônimo disse...

É, delicado, mas ainda tem lugar comum demais.