sábado, 15 de dezembro de 2007

Deflorando



Ei de deitar-me sob o coma líquido
Entregar-me aos artíficios da impureza
Ter o pecado posto sob a mesa
Estudar o imperfeito e o atormentado
Pegar a vida pelo rabo
E encolher seu sentimento comum

Vou sair vadiando com o infinito
Chutar o momento mais bonito
Porque sou filha do horror
matuto o comum
como se esplendoroso
faca sem serra
barulho estrondoso
da alma espatifando no chão
procurando por um vão
por onde escapar
da mácula e das chacinas
dessas meninas que me olham torto
como se eu fosse o moço
que as defloraram
(imagem:Magritte)

2 comentários:

Anônimo disse...

gostando muito do seu espaço.lendo tudo,tudo.abraço.
van.
http://van-cent.zip.net

*Caroline Schneider* disse...

Guria! Dizer que adoro tuas poesias pareceria piegas?! Ah... foda-se! Vou dizer! rsrsrs ADORO! ADOREI! Sou fã mesmo! Falei!