Outrora os navegadores de mares ignotos
Guiavam-se pelas posições das estrelas
Para aportarem em conhecidos portos.
Na verdade,
Nunca importou se Netuno brincava
Com seu tridente como vassoura líquida,
E fornecia horrendas vagas
Às mais terríveis tempestades,
Ou se o mar calmo se mesclava
Como um quadro renascentista
No horizonte.
As estrelas sempre estavam no céu,
Como sarnas fixas
No corpo negro
Do Universo.
Imagino uns gregos
Retornando às suas cidades-estado,
Navegando bêbados
Pelo mar Egeu.
As estrelas parecendo rodas gigantes
Apontando caminhos desconhecidos
Para todos os lados.
E como navegação esquecida
Pelos deuses e por tudo,
Eles naufragando nos arrecifes do Recife
De Pernambuco.
André Espínola
Um comentário:
Já conhecia este,li no Bar....legal reler
Muito bom André
abraço
Rita
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