(São Jerônimo - Caravaggio)
Eis a hora de minha morte
Enquanto dia, tardo solitário
Sob um sol sem nome nem visco
Vejo profundo, sinto, sublimação
Sutil como o copo guarda água
Agora é o dia, quando dia findo
Temo o céu aberto, sem nuvens
Sem sombra a proteger o rio
Evaporando lentamente gotículas
Contudo, se voltam do céu as nuvens
A desaguar nas margens, subtraem
Toda a gente deste mundo
Pelo ontem e o que se foi
Acalme-se, acalme-se
Todos os dias passam e ninguém sente
O dia vale o fruto que nasce
Enquanto vivo a espatifar-se ao chão
Eis agora a sombra do horizonte
Pranto triste que o faz disforme
Glória contida, alegria pobre
Sempre, sempre irrevogável
Enquanto dia, tardo solitário
Sob um sol sem nome nem visco
Vejo profundo, sinto, sublimação
Sutil como o copo guarda água
Agora é o dia, quando dia findo
Temo o céu aberto, sem nuvens
Sem sombra a proteger o rio
Evaporando lentamente gotículas
Contudo, se voltam do céu as nuvens
A desaguar nas margens, subtraem
Toda a gente deste mundo
Pelo ontem e o que se foi
Acalme-se, acalme-se
Todos os dias passam e ninguém sente
O dia vale o fruto que nasce
Enquanto vivo a espatifar-se ao chão
Eis agora a sombra do horizonte
Pranto triste que o faz disforme
Glória contida, alegria pobre
Sempre, sempre irrevogável
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