Caiba-me, destino
Que te sinto
nas entranhas
das curvas suaves
do meu desatino
Caiba-me, Universo
Que te vejo
nas paredes pintadas
anarquizadas pelos dedos tortos
dos deuses que sopram
em todas esquinas
vão seria
meu desassossego
se a sorte ouvisse
meu gemido
e uma ânsia
palpita em meu peito
por ter o sopro do mundo
na redoma
do meu olho esquerdo
CAROLINE SCHNEIDER
4 comentários:
Nossa! Belo poema!
Nossa eu gostaria muito de caber em mim mesma, para as vezes sentir-me mais perto! Lindo
Belo. A estrofe final´me tocou a alma.
Belíssimo!
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