domingo, 4 de janeiro de 2009

Caiba-me

Caiba-me, destino
Que te sinto
nas entranhas
das curvas suaves
do meu desatino

Caiba-me, Universo
Que te vejo
nas paredes pintadas
anarquizadas pelos dedos tortos
dos deuses que sopram
em todas esquinas

vão seria
meu desassossego
se a sorte ouvisse
meu gemido

e uma ânsia
palpita em meu peito
por ter o sopro do mundo
na redoma
do meu olho esquerdo

CAROLINE SCHNEIDER

4 comentários:

L. Rafael Nolli disse...

Nossa! Belo poema!

Anônimo disse...

Nossa eu gostaria muito de caber em mim mesma, para as vezes sentir-me mais perto! Lindo

Iriene Borges disse...

Belo. A estrofe final´me tocou a alma.

Barbara Leite disse...

Belíssimo!