domingo, 20 de janeiro de 2008

Intolerância


Quando me apedrejas, é o meu espírito que feres.
Quando me apunhalas, é a minha alma que sangras.
Por se ver julgada e condenada
Por ser distante das milhares de almas que cruzei no decorrer dos dias
Porque amei de outro modo
Porque vivi de outro jeito
Porque tive outros credos
Porque nasci em outro tom
Porque envelheci...

Quando avisto um sorriso,
É o meu corpo que festeja, anima-se.
A pele retoma a sua sensibilidade,
E deste modo parece à pedra sentir quando fere,
Mas ferir a pedra é lapidar o que é tátil
Apedrejar é ferir o intocado.
É arranhar o espírito
Sangrar a essência do ser.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belíssimo poema meu caro!