Queria a cor virginal
das tulipas amarelas
que crescem no bosque
por onde o riacho desce
descrente e sem pressa
sussurrando baixinho
levando os segredos
pelo leito/caminho.
Queria o gosto/sabor
do puro aroma
a essência da flor
que embeleza a rama
do maracujá
pertinho dos lírios
delírios meus
pertinho do rio
azul dos céus.
Queria o beijo de puro mel
o gosto que entranha na alma
e arranca os espinhos
que muito me deixam perdidos
sem ânsia ou calma
vivendo de amor iludido
seguindo sempre sozinho
sem ternura nem carinho
apenas um sorriso
somente um sorriso.
Queria o paraíso!
2 comentários:
E quem não queria o paraíso... Mas o poeta é sempre assim: um insatisfeito que transforma em verso suas queixas.
Sorte nossa.
ficanapaz
e quem não quer paraísos, mesmo que artificiais, como diria Baudelaire. Gostei.
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