A poesia passou suja e maltrapilha
à minha porta, pediu comida
pediu esmola para matar a fome e a sede
não lhe dei ouvidos,
nem sequer alguns centavos
agora, a me ver de esguelha,
atravessa a rua
indo bater em outras portas
comigo não flerta de longe
nem envia sorrisos
que a tantos distribui
para mim, apenas um dedo em riste,
que me aponta obsceno
lembrando-me o que não fiz.
6 comentários:
Clap Clap Clap
Ótimo Otávio!
Ótimo texto!
Como sempre, poesia de primeira!
Excelente, Domit.
Sei bem como é estar em falta com a Poesia... quem sabe um dia Ela volte a bater na minha porta! Parabéns Flavio, sou fã dos seus escritos!
Flávio,
sentido aqui, beijo!
Postar um comentário