sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Refletindo Silêncio

Para longe de mim
Equilibrando-me
sobre o fio esticado
entre sonho e juízo
prestes a estatelar-me
na rudeza dos fatos
prestes a alçar vôo
rumo a pouso impreciso

Para longe de mim
A ressonância da tua voz
provoca tremores
muda o curso da libido
no murmúrio raso
do discurso fluido que escorre
para minhas profundezas

Para longe de mim
Que a figura
debruçada na janela irreal
seja a imagem colhida
pela menina em meus olhos
a ostentar indiferença

Estrela longínqua
refletindo silêncio
no mar

Iriene Borges

5 comentários:

Barone disse...

Gostei muito do poema Iriene.

Fred Matos disse...

Muito bom, Iriene.
Parabéns!
Beijos

*Caroline Schneider* disse...

Adoro o teu estilo, minha querida! Bjks =)

flaviooffer disse...

Belo belo belo...eu me debruço em janelas irreais, afim de observar meus sonhos que passam vadios pela calçada, mas logo entro em desespero em saber que é tudo tão fluido ante a realidade...
Abraços...
Paz e Poesia!

Larissa Marques - LM@rq disse...

a autora confessou-me que passou horas escolhendo o que postar, isso demonstra comprometimento.
a escolha foi ótima!
seja bem vinda, querida!