A cama vazia pulsa pelo meu corpo
Mas estou encarcerada na febre
Jaz vivo no caixão do alvoroço
Aquele que inventa o que não deve
Não quero dormir
A noite é felpuda
escorrego entre seus dedos
e desmaio no travesseiro que urra
Sonho um sono que me leve
vazio e transparente
frágil como uma pluma
não insiste em me deixar doente
Quero brincar no escuro
Desvendar as almas penadas
passear no cemitério
Com um cadáver de mãos dadas
3 comentários:
O desenho que ilustra o poema têm tudo a ver. Aliás, falando em poema, bem deprê este...
ficanapaz
Gostei do texto e tb da figura que o ilustra.
Como sempre, maravilhosa, estava com saudades!
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