- Paiê, você não acha que eu mereço? Me comportei direitinho...
- Não sei, Arturzinho, não sei...
- Mas olha só, é verdade, tá aqui o papel assinado pelo diretor! - disse, mostrando ao pai um documento em que constava, dentre outras informações, "bom comportamento".
Quinze dias depois, Paulinho foi liberado pela Justiça. Apesar de condenado a 15 anos por matar um mendigo a pauladas, junto com sua gangue, o pitboy foi beneficiado após 3 anos de pena cumprida por "bom comportamento". E, prosseguindo o diálogo entre pai e filho, agora em uma concessionária:
- É Arturzinho, tô orgulhoso de você... você realmente merece!
E o "garoto" sai da loja com seu importadão 0 quilômetro...
7 comentários:
E saber que muito vem da relação que pais e filhos estabelecem e dos valores que elencam para a vida.
Reflexivo!
A imagem é perfeita!
Varas de marmelo fazem falta, às vezes!
Ficou uma dúvida no ar: o nome do "menino" era Paulinho ou Arturzinho?
De resto, tá massa, gostei...
ficanapaz
Deveras e amigos: errei feio na revisão: o nome do personagem é Arturzinho, esqueçam o nome Paulinho!
A burguesia fede, já dizia Cazuza! Amei o texto e o tema, faz tecer várias idéias e discussões polêmicas.
Muito boa essa. É de pequenininho que se torce o pepino! Hehehe. Ouvi isso em algum lugar... rsrs
O pior de tudo é que essa história se repete sempre - pais suprindo a educação por bens materiais. Um filho não recebe noções de conduta, noções básicas de comportamente e educação, ganham 0 quilômetros, viagens, apartamentos. Aliás, está em pauta uma discussão válida e pertinente sobre essa questão do Bom Comportamento, dos julgamentos privilegiados e toda abstração jurídica que só favorece os abastados! Beleza, Glauber!
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