quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Pela Janela


Ao olhar a janela, podia ver que o tempo não a poupara de nada.
Ao olhar pela janela, podia ver que lá fora tudo estava exatamente como sempre foi, menos ela.
Podia ver que muita coisa havia mudado, dentro e fora de si.
Com olhos marejados limpou as marcas do tempo que enfeitavam a janela.
Todas elas eram testemunhas da mudança que havia ocorrido.
Ela viu então que dentro e fora, agora, nada importava.
Importava sim o como e quando.
Que o coração não sentiu, a saudade não levou e o tempo não apagou.


Alexandre Costa

Leia mais em: http://fabricadehistorias.wordpress.com

4 comentários:

Ela disse...

É quando o tempo não apaga... que pode ser doído ou eterno...

Leandro Jardim disse...

bela forma de contar tal história que sabemos bem sempre nos toca!

;)

abs
Jardim

Larissa Marques - LM@rq disse...

Pelas janelas translúcidas vemos o externo e a nossa imagem refletida no vidro!
Belo poema!

Glauber Vieira disse...

MARAVILHOSO!! Como é bom participar de um blog como esse...