(Dia de praia o sol escorrega pela página em branco):
flor-de-fogo desabrochada, hoje o sol exuberou o dia.
E o céu de outrora, diluído em lágrimas,ressurge intacto em etéreo azul,
simplificando os desesperos.
A lâmina fria do vento ainda arranha a pele dos corpos expostos,
mas sopra para longe qualquer farelo de tristeza.
(O agora luminoso impõe sua presença).
A paisagem não mais goteja suas agulhinhas frias,
ela suspira cores novas e nítidas de definitivas esperanças.
Flor-de-fogo, esse sol desabrochado, embrulha o meu corpo em carícias:
no mais íntimo da penetração, tecemos amor no finalzinho da tarde mansa.
Uma lua vermelha, grávida de sol, é cuspida pelo mar em plena ressaca
e a noite vai sendo acesa por um incêndio de estrelas...
*
*
Marla de Queiroz
flor-de-fogo desabrochada, hoje o sol exuberou o dia.
E o céu de outrora, diluído em lágrimas,ressurge intacto em etéreo azul,
simplificando os desesperos.
A lâmina fria do vento ainda arranha a pele dos corpos expostos,
mas sopra para longe qualquer farelo de tristeza.
(O agora luminoso impõe sua presença).
A paisagem não mais goteja suas agulhinhas frias,
ela suspira cores novas e nítidas de definitivas esperanças.
Flor-de-fogo, esse sol desabrochado, embrulha o meu corpo em carícias:
no mais íntimo da penetração, tecemos amor no finalzinho da tarde mansa.
Uma lua vermelha, grávida de sol, é cuspida pelo mar em plena ressaca
e a noite vai sendo acesa por um incêndio de estrelas...
*
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Marla de Queiroz
6 comentários:
Nossa, que bom... a tarde, cuspindo, amor, mansinho. Gostei.
Abraços!
Belo texto sobre o astro-rei!
Quase ia me esquecendo: a foto tb é belíssima!
a beleza beira-marla
e a toma por inteira
!
beiJardins
Marla, o teu texto, como sempre, com essa capacidade de ir-nos seduzindo, no preparando para a maravilha de alguma imagem dotada da mais bela poesia. Aqui temos uma dúzia de belas imagens: a lua grávida de sol (essa enorme e radiante flor); o cuspe do mar ressaquiado, o incêndio nos céus!
Beijos!
A Marla é a mulher que conquista, vem com versos brandos e quando nos damos conta estamos entregues! Adorei o poema. beijo!
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