Queda de prédio, câncer no rim, falha no freio, fraqueza, naufrágio, alfinete no mingau, picada de cobra, tropeção em fio de cobre, torradeira na piscina, leptospirose, alergia a amendoim, remédio errado, passo errado, múltipla falência de órgãos, comer mulher de cangaceiro, fome, cabeça no fogão, engasgamento com tubinho de asma, desligamento dos aparelhos, engolimento de dentadura durante o sono, definhamento lento, cirrose hepática, choque anafilático, parada cardíaca, piano na cabeça.
Hoje em dia, ninguém mais morre de amor.
7 comentários:
rs,rs... muito bom, bem irônico.
De amor? O último a morrer desse mal foi algum poeta romântico - possivelmente francês! Talvez um simbolista tísico possa ter algo a ver com isso! Muito boa a prosa poética!
Belo texto! Provavelmente inventaram a vacina contra o amor... rsrsrs
Abs.
Morri na semana passada. Foi bom. Quero morrer outras vezes de amor.
A sua veia sádica e ironica muito me agrada, menina, eu mesma não morro de amor!
Risos múltiplos! Maravilhoso texto! Beijo!
Todos que morrem de amor, morrem metafóricamente. A diferença é que alguns matam o amor em metáforas. Muito bom o seu texto, parabéns!
alguns definham ainda
eu sonho
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